terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Minha mente finalmente desistiu


Minha mente finalmente abdicou de controlar o próximo segundo
Então minha vida se tornou um abismo

Cada momento tem a profundidade e a sensação
De uma eterna queda na eternidade

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Espero que você se livre

De todas essas palavras que te sobram na boca.

Fica cheio de amor

Quem se esvazia primeiro.

Nascimento em pleno 22


Eu estava pra acontecer apenas
Esperando que algum dia chegasse
Me dedicando para alguém que eu ia me tornar
Sem saber eu nem era nascida.

O tempo me roubou a melodia dos lábios
O movimento do meu corpo foi tomado
Pelas vozes que se movimentam no futuro e no passado
Das pessoas que assim como, nem nascidas são.

Mal sabia eu, eu ainda nem existia
Era uma sombra
Uma sombra chamada ego.

 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Olhar pelado

Estou em processo de desvestimenta do olhar
Em processo de abandonamento das formas
Em busca de um olhar pelado
Totalmente nu diante do mistério da vida...

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Eterno

Uma flor nasceu em meu olhar
E por falta de ter um porquê
E por ausência de um "para que"
Criou raizes no eterno

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Côsas

As "importâncias" da vida são sempre negociáveis.

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A melhor prova da nossa incapacidade de agir naturalmente é a quantidade de vezes que a gente fica apurado pra fazer xixi e fica enrolando. 

Beleza

Encontrei uma beleza 
E ela roubou meu coração de uma estante
Mas foi minha mente  querer entendê-la
E ela desapacer no próximo instante

terça-feira, 6 de maio de 2014

Se por acaso eu resolver amar

Acaso eu resolva amar
Eu tenho um pôr do Sol em andamento
Uma respiração profunda em alento
Um pouco de corpo em banho maria
Alguma coisa de dor e romaria
E o principal, eu tenho uma janela
E se alguém quiser olhar por ela
Eu a tenho enfeitado
Pois amar nada mais é que tentar superar a visão

De dois olhos apenas
Então, cultivo dois daqueles de ver estrelas
E uma janela em alta resolução
Pra quem vier olhar por ela.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

O mar dos teus olhos

É mais verde o mar dos teus olhos aonde não posso navegar.


sexta-feira, 25 de abril de 2014

Felipe José Dias

Geralmente todo José tem dois pé
Um vai na frente, outro vai na fé
Tem José que tem esse nome faz tempo, 
Tem José que trás muitas alegrias
Tem José que faz anos 
Já o Felipe José faz Dias.

Tédio também é egoismo

Tem tanta coisa acontecendo neste momento
Que parece ser egoismo sentir tédio. 

Coisas II

O mais interessante a se fazer nesse mundo é se afastar dele.

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O que eu mais quero?
Quero não querer.

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O perdido nada mais é do que alguém que descobriu um novo caminho.

Coisas

Eu sou uma porcentagem de presença
Tentando sobreviver ao peso do tempo.

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Amor mesmo não acontece entre duas pessoas
Acontece entre dois silêncios.

Trufa da tristeza e da felicidade

A tristeza é uma felicidade que esgotou
Ou será a felicidade uma tristeza esgotada? 
Corajoso é aquele que vive até o fim
Pra descobrir o que há além! 
Quem enfrenta o arem de ser feliz e ser triste
E supera a dor da perda que a felicidade do encontro causa
Que aguenta o frio, depois do banho quente 
E aprecia o som, mas também a pausa
Que se acostuma com o elogio
E também com a crítica
Se acostuma com a verdade
Mas também com a farsa.
Há quem diga que na verdade
Tristeza e felicidade
São como um rio:
Quando ferve, vira vapor
Quando esfria vira gelo
Que são a mesma coisa, só que em diferente maturidade.
Há quem diga que se deve enfrentar com humildade
Que quem dá um grito de alegria, já pode esperar com prontidão a dor
E na mesma cor, só que ao contrário.
Há quem diga que bom mesmo é o que vem no meio
Tristeza e felicidade
Dizem que são tipo um bombom
E o bão mesmo tá no meio.

Noite

Ela não tem cor
Não contém tempo, nem lugar
Porque ela é ausência
De tudo que durante o dia é presença.
Ela é a pausa
De tudo que durante o dia é movimento.
Ela é a linha de chegada e a de saída
É a contração do dia, é o vazio do cheio
Por isso abriga todas as possibilidades
Por isso eu amo a noite.

Tem alguém ai??

Oooow!
Ooow!
Alguém aí?
Estou presa em um buraco escuro chamado ego...
tem alguém ai?

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Agora?

Encontrei uma pessoa dentro de mim que não vive para onde se quer chegar, vive pra agora. Achei confuso.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Ando voltando sozinha

Sim, eu voltei sozinha ontem a noite. É ando voltando sozinha de madrugada, de ônibus, de moto taxi, mas quase sempre de carona com alguém diferente. É, as vezes me dá uma sensação de liberdade. Sabe, aquela umidade matinal, as pessoas indo trabalhar e eu nem dormido ainda. Me sinto abandonada, e isso é delicioso, porque me sinto totalmente livre assim: abandonada. Um abandonado não tem nada a perder, nem alguém a sua espera que possa reclamar seu atraso, nem espera ninguém, pois cá está com suas duas pernas. O dia virado, um coração desbaratinado e repleto de liberdade e solidão. Solidão será o preço da liberdade? Fiquei intima de mim, passamos horas loucas elocubrando agora, tanto que não me acredito as vezes e tem vezes em que não consigo me aguentar. Tento ser sempre autêntica e esta atitude aos poucos está me levando a parecer meio louca, e desejar mais dessa aparência. Liberdade dá sensação de loucura, a loucura parece uma solidão dilatada. Estou suportanto menos as companhias, estou insuportando pessoas pesadas, que além dos braços carregam um monte de aparências. Estou tentando ser paciente com elas e comigo. Estou quase viciada em ficar só, estou quase abandonando as palavras. A pior dor é a de falar tanto e não dizer nada. Isso destrói meu coração. Estou apreciando o silencio tanto quanto um espelho. Tanto tempo sozinha que quase não tenho o que projetar e isto me aliviou as costas. Estou aprendendo a escutar e quase não tenho o que falar. Eu cultivo minha insanidade, pois ela é a coisa mais verdadeira em mim. Estou me transparentando para que o mundo passe por mim e sobreviva, estou poupando as pessoas e as coisas a meu reduzimento. Acho que estou feliz.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Fragmentos

Pela rua eu vejo pessoas com um triturador de realidade, no lugar dos olhos.
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Não se entende poesia,
se retira o sentido palavras
e se desentende poesia.

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Meu olhar fica sobrando em você.

Balanço mágico - com Israel Flor de Lótus

Ela colocou nosso amor na balança...
E nosso amor balançou
E foi no parquinho que balancemos
No balanço mágico do amor.
Mas ba lança essa magia
Que irradia de coração des afinado
De coração tingido por cores irradiantes
Que atinge novos corações
Tingidos de auras esvoaçantes de desejos imaculados
E orações de eternidades presentes
Que se abrem para um novo dia
No fôlego de uma flor que respira o nascer do Sol
Nuvem e vai.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Como as sereias nascem

Quando a lua cheia
Imensa repousa desafiando a gravidade acima dos nossos olhos
E épica repousa seu peso em forma de luz no mar sereno e
Esta luz encontra uma jovem virgem virtuosa de desejo se banhando no mar
Esta se torna um sereia.

Banho de mar, em mim.

Eu me imenso no mar
Mesmo mareando apenas em sua beira
Sua sobra de mar na areia
Me insuficienta.
Assim também sou
Uma beira de algo
Ondando na perspectiva de quem
Minimamente pequeno toma um banho de mar
Em mim.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O dia que me proporcionará inspiração para escrever sobre o amor.

Ando esperando viver um dia que me proporcione a inspiração necessária que preciso pra escrever sobre o amor. Talvez este seja meu erro, colocar o amor em uma estante de euforia junto com todas as outras emoções fortes - ao mesmo tempo, é só sobre este amor fraco/insano/humano que tenho vontade de falar. Afinal, se fosse pra falar de amor verdadeiro eu falava em caráter esotérico e em face de falar de Deus. Mas falar de amor, de todas as humanidades que este me provoca e de como ele me adoece? Esta inspiração em forma de dia que estou esperando. De certo que este não aconteceu ainda, ou faz muito tempo, porque já parei de escrever.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Solidão é egoísta

Quanto dessa solidão é apenas egoísmo?

Sereno

A dor perdeu espaço
E nem dentro do vazio coube mais.
Virou letra
Neste poema ínfimo de mais uma noite quente
Mas de coração frio.

Ouço vozes de solidão
A soarem úmidas e desabrigadas
De certo que todo sereno é sobra de multidão
De certo que são lágrimas

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Permaneço inconstante.

Permaneço
Tal qual a luz preenche e abandona o dia.
Tal qual o salto volta a gravidade.
Tanto quanto a paixão resiste ao tempo.
Permaneço inconstantecida.

Mesmo porque
Nenhum dia deixa de nascer,
Nenhum salto deixa de ser dado,
E uma nova paixão sempre floresce.

Assim também resolvi inconstantear
De maneira tão intensa que passado algum alcance.

Tua ausência não é natural.

Meu corpo estranha o contato com o oxigênio,
O coração não aprecia o ritmo,
Meus olhos desinterpretam as cores.
Tudo por culpa dos nossos beijos que não se repetiram,
As poesias que não me declamasse,
Da ausência da tua pele.
Estou fisiologicamente estranhando,
Como se tivessemos nos rebelado contra Deus,
Como se tivessemos feito a Terra girar ao contrário,
Como se desafiassemos o que é natural,
Neste ato de estarmos simplesmente afastados um do outro.