terça-feira, 31 de julho de 2012

A revolução toma cerveja?

E o monopólio "televisional" - discutimos no bar segurando um copo de cerveja, o copo mais tradicional possível, aquele que se reconhece de longe
- a ilusão é tão imperceptível. Sei disso quando olho no espelho e sei que acho que aquela sou eu.
Carrego nas costas uma personalidade ambulante, a levo para passear pelos caminhos das sensações, ganhos e perdas e a alimento para que não morra. É necessário que nos confundamos com a imagem no espelho, acredito... Porque se assim não fosse, sentaria em frente ao mar e seria as ondas, sem saber o que sou. A identificação com a personalidade é necessária ao trabalho aqui na Terra.
Sentada num bar me sinto parte de meus amigos em uma mesa. Sou a mesa e os engradados amarelados e cheios de fungos no fundo. Sinto-me grata pela vida microscópica que vive no fundo daquele engradado, me fazendo sentir que a evolução continua sempre. Para aquele ser microscópico. E eu e a minha cerveja? Agonia me dou quando tenho um lampejo de sair fora do "eu" segurando-a. Onde nós jovens, reclamadores da realidade sistêmica, deveríamos estar domingo à 1hr da manhã?

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