terça-feira, 13 de abril de 2010

Hum. ²

Queira Deus que pelo menos nessas palavras que eu escrevo agora ainda reste um pouco de mim. Um pouco de mim que não está aprisionado pelo tempo.
Que nelas ainda reste um pouco da minha fé, um pouco de algo que me é inato. Tenha algo que ainda não foi envenenado, morto, e virou uma ansiedade por algo que não tenho. Algo que ainda não virou medo. Algo que ainda não inventei pra me desculpar dos meus erros. Algo a que não me agarrei com força pra me proteger.
Algo que não se tornou apenas uma máscara.

Chego a pensar que só há uma coisa da qual devemos realmente ter medo. Chegar em um ponto na vida e ter tantas coisas, ser tantas coisas e querer tantas coisas, que já não tenha espaço para quem realmente somos.

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